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>> Colunistas > Lázaro Freire Loucura e Espiritualidade - Uma tênue linha divisória Publicado em: 06 de setembro de 2006, 17:52:51 - Lido 3604 vez(es) > Lembro ter lido Emmanuel dizer/escrever algo assim: "A > linha divisória entre a espiritualidade e a loucura é muito tênue". Verdade. Se é que existe uma linha definida assim. Os dito 'loucos' acessam informações espirituais muito precisas. Apenas a confusão mental deles lhe embaralha as idéias, faz generalizações e retira o discernimento. A bomba é que o raciocínio oposto então se faz verdadeiro: TECNICAMENTE, são igualmente "meio malucos" aqueles que parecem espirituais "normais" aos olhos da sociedade, mas que fazem generalizações sem discernimento em cima do que suas "presenças espirituais" (ou dogma) lhes disseram! A diferença então poderia ser que o maluco tenta impor isso para os demais, como verdade absoluta, exigindo que o outro ACREDITE de forma inquestionável no que viu. Mas alguns espiritualistas também! É uma ofensa perguntar se certos médiuns estão mesmo recebendo espírito tal. E muito mestre vai ficar muito ofendido com você se você agradecer a referência dele, mas, em algum aspecto que não possa perceber ainda, preferir se orientar por sua própria percepção, até ter condição de ver também... E ser como ele, ou mais! Lógico que não vai ser um médium, ainda que Chico via Emanuel (ou vice versa) que vai dizer que são iguais... Afinal, não é uma posição imparcial um "espírito" falar disso. Teria que estar de fora do tal campo que a linha tenue divide, né? Concordo com a semelhança. A diferença é que o louco patológico é um médium maior, porém nem sempre melhor: com mais confusão no hardware, perde nos dois lados: permeia seus acessos muito reais com uma dose alta demais de simbolismos psíquicos / oníricos, AO MESMO TEMPO em que sua capacidade de discernimento diminui. > nunca vi tantos delírios psicóticos entendidos como "Vontade Divina" > ou "coisas do tipo" como tenho visto agora. Isso também é verdade. Ou talvez, sua capacidade de percepção tenha aumentando. O discernimento é como uma maturidade espiritual. Mas pode ter havido também um aumento nominal. Com o esquisoterismo new-age, que resgatou as mais esdrúxulas supertições de todos os povos para fins comerciais (nas lojinhas há proteções de todos os tipos, e nomes de deusas de todos os mitos, só não vendem consciência), ficou mais interessante projetar as maluquices no contato divino... Mediunidade não, com licença: canalização!!! :-) Médium é coisa de genta baixa, que ainda está nesta "quarta dimensão" (gargalhadas). Falar de omulu, preto-véio, exu e caboclo é pobreza e mistificação, cantar ponto nem pensar - o bacana mesmo é cantar mantra e depois falar do mito celta da deusa grega modificada pelos romanos, e associa-la ao nome da pomba-gira tibetana. E comprar, claro, um gatinho da sorte japonês pra garantir! Universalismo é isso aí. Com um kit esquisotérico globalizado, pra que crescer? O paraíso está lá fora, e já já os ET´s vem me resgatar. Vou me embora pra Andrômeda, lá sou amigo do comandante rei, e terei a kligoniana que eu quiser, na nave que escolherei. EU SOU Comandante Lázaro Sheran (Mas pode me chamar de Napoleão) -- Lázaro Freire lazarofreire@voadores.com.br
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